Rio Grande do Norte se destaca como referência nacional na cajucultura, aponta Embrapa

O Rio Grande do Norte está consolidando seu papel como referência na produção de caju no Brasil, com produtividade acima da média do Nordeste, graças ao uso de tecnologia e inovação. Esse reconhecimento ficou claro durante o 2º Caju Conecta, evento promovido pela Embrapa Agroindústria Tropical em parceria com o Sebrae/RN, que reuniu produtores de estados como Paraíba, Piauí, Ceará, Bahia e Roraima. O seminário foi realizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em Mossoró, e incluiu visitas técnicas a regiões produtoras de caju no estado.

Gustavo Saavedra, chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, ressaltou a importância do RN no setor. “O Rio Grande do Norte se tornou um ‘farol’ para a cajucultura, mostrando que, com uma cadeia produtiva bem estruturada e apoio tecnológico, é possível obter lucro e alta produtividade,” destacou Saavedra.

O sucesso da cajucultura potiguar vem da introdução de tecnologia, especialmente de clones anões precoces, que substituem cajueiros tradicionais. Além disso, técnicas de manejo, poda, controle fitossanitário e nutrição dos pomares têm sido essenciais. Em 2023, o RN registrou uma média de 550 quilos de amêndoa por hectare, bem acima da média nordestina de 290 quilos.


Franco Marinho, gestor de Fruticultura do Sebrae RN, prevê que esses resultados devem continuar crescendo. Com o suporte da Embrapa e as iniciativas do Sebrae, mais de 650 produtores são assistidos no estado, incluindo ações de revitalização de pomares e orientação técnica. Segundo Marinho, eventos como o Caju Conecta, que aproximam produtores de novas práticas e conhecimentos, fortalecem o setor e provam que a cajucultura pode ser sustentável e rentável.

O Rio Grande do Norte ocupa a terceira posição nacional na produção de caju, atrás apenas de Ceará e Piauí. Dados do IBGE mostram que, em 2023, o estado produziu mais de 32 mil toneladas de castanha de caju, representando um quarto da produção nacional, que totalizou 127 mil toneladas.

O Caju Conecta prossegue até hoje, com atividades que incluem visitas técnicas a Apodi e Severiano Melo, regiões potiguares de forte produção de caju, e a Serra do Mel, onde está localizada a Cooperativa de Beneficiamento Artesanal de Castanha de Caju do RN (Coopercaju).

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