Rio Grande do Norte atinge 500 mil litros de leite/dia e setor avança com inovação

A produção de leite no Rio Grande do Norte atingiu 500 mil litros por dia em 2024, um crescimento de 11% em relação a 2023, quando a média diária era de 450 mil litros. Comparado a 2022, quando a produção era de 420 mil litros/dia, o avanço chega a 19%. Os dados são do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN (SindLeite-RN), que projeta um crescimento de pelo menos 10% em 2025.

Esse avanço tem sido impulsionado por investimentos em melhoramento genético e inovação no setor. O programa Leite e Genética, do Sebrae-RN, executado pelo Instituto BioSistêmico (IBS) há 13 anos, tem transformado a pecuária leiteira potiguar ao oferecer tecnologia e conhecimento aos produtores. A iniciativa promove a inseminação artificial com sêmen de touros geneticamente superiores, permitindo a criação de animais mais produtivos e adaptados ao semiárido.

Outro fator determinante para o fortalecimento da cadeia produtiva é o avanço da indústria laticinista. O Laticínio Sertão Jucurutu, por exemplo, tem investido na modernização dos processos e na ampliação da captação de leite. Atualmente, a empresa processa 150 mil litros de leite por dia, mas sua estrutura já está preparada para expandir a produção para 350 mil litros diários nos próximos anos.

Mesmo com os avanços, o setor leiteiro do RN ainda busca maior competitividade em relação a outros estados do Nordeste. O SindLeite, em parceria com a FIERN, por meio do programa Mais RN, está conduzindo um levantamento para mapear a evolução da pecuária leiteira e identificar oportunidades de melhoria.

A modernização do setor inclui investimentos em melhoramento genético, sanidade, nutrição e sistemas eficientes de produção. Além disso, novas tecnologias, como a ordenha robotizada e o sistema Compost Barn, que otimiza a produtividade em espaços reduzidos, já são realidade em outros estados e começam a ser introduzidas no RN.

Com a ampliação da capacidade industrial, a adoção de novas tecnologias e os investimentos na qualidade do rebanho, o Rio Grande do Norte avança para se consolidar como um dos principais polos leiteiros do Nordeste, garantindo mais eficiência e sustentabilidade para a pecuária potiguar.

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