A Queijeira Galego da Serra, referência na produção artesanal de queijos no Seridó potiguar, acaba de dar um importante passo rumo à inovação na pecuária leiteira da Serra de Santana (RN). As propriedades parceiras iniciaram os testes genéticos para identificar vacas com o genótipo A2A2, com o objetivo de produzir queijos elaborados exclusivamente com leite A2.
As análises foram realizados pelo Laboleite – Laboratório de Qualidade do Leite da UFRN, liderado pelo professor Adriano Rangel, que tem se destacado no estudo da qualidade do leite e na análise de proteínas como a beta-caseína.

Os resultados apontaram que 56% das vacas analisadas possuem o genótipo A2A2, ou seja, produzem leite contendo apenas a beta-caseína do tipo A2 — uma característica que vem ganhando espaço no setor por oferecer melhor digestibilidade e maior valor agregado.
Um marco para a pecuária local
Para o produtor Galego da Serra, o resultado representa um marco importante para a pecuária leiteira da região da Serra de Santana.
“Estamos muito felizes com esse avanço. Produzir queijo com leite A2 vai ser um diferencial enorme, abrindo novas oportunidades e atendendo também pessoas que têm sensibilidade ao leite comum”, destacou o produtor.
O leite A2 é conhecido por ser mais facilmente digerido, especialmente por pessoas que sentem desconforto com o leite tradicional, mas que não possuem intolerância à lactose. O diferencial está na ausência da variante A1 da beta-caseína, que pode liberar um peptídeo(BCM-7) associado a desconfortos intestinais e inflamações.
Mais valor e novas oportunidades

Com mais da metade do rebanho apresentando o genótipo A2A2, a Queijeira Galego da Serra se prepara para dar início à produção experimental de queijos com leite A2, ampliando o portfólio e agregando valor e inovação à sua linha de produtos.
Essa conquista reforça o protagonismo dos produtores da Serra de Santana na busca por qualidade, diferenciação e sustentabilidade na pecuária leiteira potiguar.
“O consumidor está cada vez mais atento à origem e aos benefícios do que consome. Trazer o leite A2 para os nossos queijos é investir em saúde, qualidade e no futuro da produção artesanal do Seridó”, completou Galego.
Matéria: Adeilton Silva – Portal Agro Sertão





