As exportações de proteína animal do Brasil registraram um aumento expressivo de 30% entre janeiro e setembro deste ano em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O destaque desse crescimento foi a carne bovina, com 1,84 milhão de toneladas exportadas nos primeiros nove meses de 2024, gerando uma receita de US$ 8,28 bilhões. No ano passado, 2 milhões de toneladas foram exportadas, totalizando um faturamento de US$ 9,49 bilhões. Para 2024, estima-se que as exportações da proteína bovina alcancem entre 2,2 e 2,3 milhões de toneladas, representando um crescimento de 10% a 15%.
As exportações de carne de frango também mantêm uma trajetória de crescimento orgânico. De janeiro a setembro de 2024, o Brasil exportou 3,66 milhões de toneladas de carne de frango. Em 2023, o total exportado foi de 4,79 milhões de toneladas. Segundo especialistas, a demanda global deve aumentar com as festividades de fim de ano, e o país poderá atingir quase 5 milhões de toneladas exportadas, consolidando o Brasil como o maior exportador mundial de carne de frango.
Já as exportações de carne suína, que tiveram um aumento acentuado entre 2019 e 2020, estabilizaram-se em níveis superiores a um milhão de toneladas anuais desde 2021. Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil já exportou 860 mil toneladas, com a expectativa de fechar o ano com um recorde de 1,2 a 1,3 milhão de toneladas exportadas.
No total, o Brasil deve alcançar um novo recorde nas exportações do complexo de carnes. “Superaremos, seguramente, as 8 milhões de toneladas, podendo chegar próximo a 9 milhões, o que seria um recorde absoluto para o setor, superando as 7,88 milhões de toneladas exportadas em 2023”, afirma o diretor do setor.
Com esse desempenho, o Brasil reforça sua posição de liderança no mercado global de proteínas animais, impulsionado por sua capacidade produtiva e alta demanda internacional.





