Exportação de Gado Vivo: Oportunidade para o Rio Grande do Norte

O Brasil é atualmente um dos principais exportadores de gado vivo do mundo, ao lado de países como México, União Europeia, Austrália, Canadá e Estados Unidos. Esse mercado movimentou mais de R$ 2,5 bilhões em 2023, com a exportação de cerca de 600 mil cabeças de gado por ano.

Nos últimos seis meses, o Governo do Rio Grande do Norte (Governo do RN) tem trabalhado para atrair empresas interessadas em se instalar no estado ou firmar parcerias com fazendas locais, visando atender à crescente demanda global, especialmente do mercado árabe. Para isso, além de regularizar as propriedades junto ao Ministério da Agricultura, houve avanço nas tratativas com a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (CODERN). Graças ao empenho do presidente da Companhia, Paulo Henrique Macedo, o Porto de Natal já está habilitado para realizar operações de exportação de gado vivo.


Como parte desse processo, o secretário da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN (SAPE-RN), Guilherme Saldanha, realizou uma visita ao estado do Pará para conhecer de perto a logística de exportação de gado vivo, referência nacional nesse segmento. O objetivo foi entender as melhores práticas e adaptá-las à realidade do Rio Grande do Norte, visando agilizar a implantação da atividade no estado.

O Rio Grande do Norte possui um grande potencial para se destacar nesse segmento. O Porto de Natal, localizado em um rio e com menor movimentação de navios, facilita o embarque de animais. Além disso, a proximidade das propriedades rurais situadas na região litorânea é outro fator estratégico. O estado também já conta com um operador portuário capacitado para essa atividade.

A expectativa é de que a abertura desse mercado impulsione toda a cadeia produtiva local: desde o aprimoramento das pastagens, infraestrutura das fazendas, aquisição de tratores e implementos agrícolas, até a geração de empregos para trabalhadores rurais. O transporte do gado em caminhões boiadeiros também beneficiará setores como combustíveis, pneus, manutenção de veículos e oficinas mecânicas. Além disso, haverá maior demanda por insumos como rações, medicamentos veterinários, sal mineral e a contratação de vaqueiros.

Embora o rebanho bovino do estado ainda seja relativamente pequeno, o Governo do RN acredita que, diante da oportunidade aberta pela exportação, é possível expandir rapidamente a produção. A determinação da governadora Fátima Bezerra, junto aos órgãos estaduais, como a SAPE-RN e o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (IDIARN), é promover o crescimento econômico do Rio Grande do Norte, gerando novos investimentos, riqueza e oportunidades de desenvolvimento para a população.

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