Algodão do Sertão Potiguar Ganha o Brasil e Se Destaca no Carnaval de Salvador, Bahia

Projeto Agro Sertão resgata a cultura do algodão no RN, gera renda para agricultores familiares e estreia com destaque no carnaval de Salvador

De agricultora familiar no sertão do Rio Grande do Norte a produtora de algodão agroecológico, Maria Azevedo viu o fruto do seu trabalho ganhar projeção nacional. O algodão que ela cultiva há três anos agora vestirá foliões e trabalhadores do tradicional camarote Expresso 2222, em Salvador, além de ser a matéria-prima de uma coleção sustentável que chegará às lojas de todo o Brasil nos próximos meses.

A história de Maria reflete a transformação vivida por mais de 140 agricultores do projeto Agro Sertão – uma parceria entre Sebrae-RN, Instituto Riachuelo e Embrapa Algodão. A iniciativa tem resgatado a cotonicultura no Seridó potiguar após décadas de esquecimento. Para Maria, o impacto vai além da lavoura: é a concretização de um sonho.

“A experiência com o algodão tem sido maravilhosa. Além de trazer uma renda extra, que a gente precisava, tem nos ajudado a realizar mais coisas na nossa propriedade. Eu sempre digo que isso veio para somar, trazendo conhecimento, capacitação e novas oportunidades, principalmente para nós, mulheres do campo”, afirma Maria.

Ela lembra que o cultivo do algodão fez parte da história da sua família, mas a produção praticamente desapareceu na região nos anos 1980, após a praga do bicudo-do-algodoeiro. Hoje, o projeto Agro Sertão não apenas recupera essa tradição, mas faz isso de forma sustentável, sem o uso de agrotóxicos e com práticas que preservam o solo e os recursos hídricos.

“É gratificante ver o que produzimos se transformar em um produto que valoriza tanto o meio ambiente quanto uma cultura tradicional que estava quase perdida”, completa.
Resgate da cotonicultura e desenvolvimento sustentável

O projeto Agro Sertão é fruto da união entre Sebrae-RN, Instituto Riachuelo, Embrapa, Emparn, Fundação Banco do Brasil, produtores rurais e prefeituras locais. A iniciativa aposta na produção agroecológica no Seridó do RN, integrando o cultivo do algodão a outras culturas, como milho, feijão e gergelim, garantindo mais segurança alimentar e econômica para as famílias agricultoras.


Foto: Moraes Neto

Para João Hélio Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae-RN, o projeto vai além da recuperação de uma atividade econômica: ele resgata a dignidade do homem do campo.

“Trazer de volta a cultura do algodão, que historicamente gerou tanto trabalho e renda, significa devolver oportunidades e qualidade de vida ao produtor rural. Isso permite que ele permaneça no campo, onde deseja estar, com condições dignas de trabalho e renda”, destaca.

João Hélio ressalta que esse avanço só foi possível graças à união de esforços entre instituições e agricultores, que agora escrevem um novo capítulo na história da cotonicultura potiguar.


Foto: Renata Fonseca
“Esse resgate histórico e o lançamento de produtos agroecológicos com algodão plantado aqui nos enchem de orgulho. É uma grande oportunidade para fortalecer uma atividade secular e essencial para o nosso estado”, completa.
Do campo para o carnaval

O primeiro grande marco dessa nova fase da cotonicultura potiguar é a estreia do algodão agroecológico no carnaval de Salvador. A Riachuelo produziu 6,4 mil camisetas feitas 100% com o algodão do Agro Sertão, que vestirão foliões e a equipe do Expresso 2222, um dos espaços mais icônicos da festa baiana.

Após o lançamento no carnaval, a malha agroecológica será utilizada em uma nova coleção de camisetas que chegará às lojas da Riachuelo em maio deste ano, conforme explica Taciana Abreu, diretora de sustentabilidade da varejista.

Para os agricultores do Agro Sertão, esse é apenas o começo de um novo ciclo de crescimento para a produção sustentável de algodão no Rio Grande do Norte.
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Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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